Este trecho é parte do episódio 4 do podcast Os Goleiros com a Aline Reis, goleira do UDG Tenerife (ESP) e da Seleção Brasileira. Ela explica as diferenças que sentiu nos treinamentos feitos no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa e como entende a evolução da posição.
“A minha formação foi no Brasil, muito jovem.
Com 9 anos eu comecei a fazer trabalhos específicos para o gol na escolinha do Careca Sports Center, lá de Campinas (SP).
Nesses anos de Brasil, de formação específica de goleiro, eu trabalhava muito a questão da defesa de meta; defender o meu gol!
Quando eu fui pra fora, para os Estados Unidos, a minha visão sobre goleiros expandiu de uma maneira significativa.
Porque começamos a trabalhar com o que eu não trabalhava tanto.
Tudo bem, a gente trabalhou bola aérea do Brasil, o um contra um trabalhava um pouco...
Mas quando eu cheguei nos Estados Unidos, a gente começou a falar sobre a questão tática do goleiro, sobre as tomadas de decisão, que eu acho que é a parte mais difícil do jogo e a menos trabalhada pelos preparadores de goleiro.
Para mim, aumentou o leque de entendimento da posição.
Depois, vindo pra Europa, eu continuei a trabalhar isso.
E não só: o papel do goleiro aqui fora, e agora isso tem acontecido também no Brasil, aumentou muito nos últimos anos.
Foi a posição que mais teve evolução.
Não somos só defensores de meta.
Nosso papel não é só parar um chute ao gol.
Nosso papel é muito mais que isso: organização defensiva, comunicação, manutenção de posse de bola, jogar em linha alta para fazer o papel do líbero…
Eu sempre escuto: o goleiro é a primeira peça na construção de um jogo, então a nossa distribuição tem de ser muito trabalhada porque tem um papel importante.
Tudo isso eu acho que, com a evolução do futebol e por eu ter passado minha vida adulta, os últimos 12 anos, fora do País, consegui notar muito essa evolução do jogo do goleiro”.
Aperte o play abaixo para ouvir o episódio completo com a Aline Reis:
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