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Foto do escritorMarcio Kroehn

Luan Polli: ‘Quando tem um goleiro jovem, tem de ter alguém que abrace ele e dê continuidade'

Este trecho é parte do episódio 2 do podcast Os Goleiros com o Luan Polli, goleiro do Sport Club do Recife. Ele fala sobre o peso de substituir dois ídolos do clube, Magrão e Bosco, e sobre o processo de confiança e amadurecimento de jovens goleiros.


Luan Polli, goleiro do Sport Club do Recife (Foto: Anderson Stevens/Sport)
Luan Polli, goleiro do Sport (Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife)

“Eu tive a oportunidade de trabalhar com o Magrão.


Quando cheguei no Sport ele estava no fim de carreira, mas tive a oportunidade de conviver com ele e também a oportunidade de conviver com a família dele.


Ver o tamanho do profissional que ele é e o quanto a família dele é responsável por isso também


Acredito que isso me ajudou muito a entender o clube, o quão grande é o Sport aqui no Nordeste, porque eu sou do Sul e não tinha essa dimensão toda.


Com o decorrer dos treinos e dos jogos fui vendo como ele era grande dentro do clube.


E o Bosco, desde pequeno acompanhava os jogos do São Paulo, principalmente. Não era ele que jogava, era o Rogério Ceni, mas via que ele estava lá e é um grande nome que passou pelo Sport também.


E isso só me motiva mais e sei que é uma responsabilidade enorme estar representando o clube nessa posição que passaram grandes nomes.


E a pressão em substituir ídolos?


Sempre vai acontecer isso. Aqui ou em qualquer lugar, como o Tiago Volpi substituindo o Rogério Ceni, eu como substituto do Magrão…


Sempre vai ter a comparação, mas não podemos levar para o lado negativo. Temos de fazer o nosso trabalho e mostrar dentro de campo quem é o Luan.


O Magrão tinha um estilo de jogo, eu tenho outro. A gente tem de estar concentrado ao máximo nas partidas para mostrar quem somos.


A gente deixa a comparação para a torcida e para a imprensa.


O trabalho em si, o técnico e o físico, todos têm igual.


Mas o ‘psicológico’ nós temos de ter muito forte, porque em determinado momento do jogo a gente não vai estar sempre atacando.


Vai ter pressão, vai tomar até gols, mas tem de estar com a cabeça no lugar para justamente não deixar aquilo desandar e virar uma situação indesejada para todos.


Em cima disso, a continuidade do goleiro jovem é o principal.


O goleiro quando é jovem vai oscilar e até falhar. É normal. E a continuidade é o principal.


Óbvio que não pode ser uma coisa muito corriqueira, mas tem de ter um meio termo. Até porque o clube depende de resultados também.


Mas a continuidade é muito importante, principalmente se o clube vê esse goleiro como um ativo ou uma grande promessa para, posteriormente, vender.


É o que a maioria dos clubes precisa, pela questão financeira: revelar jogador para gerar receita para o clube.


Então, nesse ponto, quando tem um goleiro jovem, que é uma aposta, tem de ter alguém que abrace ele e dê continuidade.


Erros vão acontecer porque é normal da idade, está em processo de formação ainda.”

 

Aperte o play abaixo para ouvir o episódio completo com o Luan Polli:



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