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Foto do escritorMarcio Kroehn

Maílson: ‘Antes de ir para o futebol, eu trabalhava como ambulante’

Atualizado: 2 de out. de 2020

Este trecho é parte do episódio 27 do podcast Os Goleiros com o Mailson, goleiro do Sport Club do Recife. Ele fala sobre a chegada ao futebol, as dificuldades de um garoto que muda do interior para a capital e como tudo em sua vida de atleta aconteceu de forma rápida e intensa.


Mailson, goleiro do Sport (Foto: Sport Club do Recife/Divulgação)
Mailson, goleiro do Sport (Foto: Sport Club do Recife/Divulgação)

"Antes de ir para o futebol, eu trabalhava como ambulante.


Era vendedor ambulante. Ia para Santos, Mongaguá, Peruíbe, no litoral de São Paulo. Naquelas praias, eu já andei por todas como vendedor de óculos.


Não deu certo para ficar lá e voltei [para o Nordeste] com 17 anos e comecei a jogar bola.


Foi onde o ‘seo Adeildo’ me viu e comecei a frequentar a escolinha, acreditando no sonho.


Porque não é fácil chegar em casa e pedir dinheiro para o pai ou para a mãe para pagar a passagem e ir para a escolinha.


A chegada à capital e ao clube grande


No São Domingos era uma estrutura normal para pequenos clubes.


Eu cheguei no Sport e, para ser sincero, quando você é do interior é um pouco matuto na questão de cidade.


Quando falaram vamos para a Ilha do Retiro eu pensei: “poxa, pegar um barco para ir para uma ilha?!” Você começa a pensar em muita coisa...


Mas o que senti mesmo quando cheguei aqui foi o tamanho do Sport Club do Recife, que para mim é o maior do Nordeste.


Você chega e vê a estrutura, vê os treinamentos…


Eu cheguei e não sabia fazer um punho [ou pegada, uma das principais técnicas utilizadas por um goleiro para segurar a bola]


Lembro que o Ademar, que era o supervisor da base, disse que ia me dar uma semana para ver o que eu poderia apresentar para o Sport.


Eu comecei a trabalhar. Não sabia fazer o punho direito, mas chamava a atenção pelo tamanho.


E, treinando, a cada dia era melhor que o anterior. Hoje eu treinei e fui bem, mas amanhã eu era melhor.


E todo goleiro é assim.


Para ser um grande goleiro, cada treino tem de ser melhor que o outro.


E graças a Deus eu consegui.


Passei dois anos na base, sem jogar. Fui ter minha primeira oportunidade em 2016.


Cheguei em 2014 e fui ter a minha primeira oportunidade com 19 anos.


Minha primeira competição foi a Copa São Paulo de futebol júnior.


Até hoje foi quando a base do Sport chegou mais longe. Paramos nas quartas-de-final para o Cruzeiro.


Dali já subi para o profissional e estreei no Campeonato Pernambucano."

 

Aperte o play abaixo para ouvir o episódio completo com o Mailson:


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