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Foto do escritorMarcio Kroehn

Rodrigo Bruns: 'O goleiro é uma posição que você não conta a quantidade de acertos, mas de erros'

Atualizado: 14 de out. de 2020

Este trecho é parte do episódio 3 do podcast Os Goleiros com o Rodrigo Bruns, treinador de goleiros do Red Bull Bragantino. Ele fala sobre as cobranças e exigências para um goleiro e como esse atleta deve estar aberto a conhecer novas técnicas e novos conhecimentos.


Rodrigo Bruns, treinador de goleiros do Red Bull Bragantino (Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino)
Rodrigo Bruns, treinador de goleiros do Red Bull Bragantino (Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino)

"Estava fechando umas observações que fiz da série B de 2019.


Não só de goleiros, mas um estudo de elencos.


A faixa etária maior, dos que atuaram, foi de goleiros.


Assim, vamos comparar o goleiro com outras posições.


O atacante pode errar muitas vezes, porque se ele acertar uma vez pode até dar o título para uma equipe. E assim vai.


O goleiro é uma posição que você não conta a quantidade de acertos, mas de erros.


Quanto menos erros o goleiro tiver, melhor.


O atacante é diferente: errou 30, beleza, não tem problema. Se ele balançou a rede duas vezes, tá legal.


Aí pensando nessa situação de tentar ir atrás do erro zero, a experiência, a concentração e o momento de você tomar a melhor decisão é só com uma bagagem maior.


Claro, não dá pra generalizar, dizer que um goleiro mais não consegue jogar, porque está cheio de exemplos por aí, mas mesmo esse mais jovem que joga, se você for pegar o início e o final da carreira dele você vai ver o quanto ele melhorou.


Costumo usar como exemplo os pilotos. Não tem jeito, para um piloto ficar bom ele tem de ter horas de voo.


Para um goleiro é a mesma coisa.


Óbvio que você encontra bons pilotos em início de carreira, assim como goleiros, mas quanto mais experiência e vivência ele tiver, melhor ele vai ficar.


O treinador de goleiros ajuda muito, mas primeiramente, antes de mais nada, o goleiro tem de deixar que o treinador de goleiro ajude.


A grande questão é o quanto esse goleiro vai estar aberto para ouvir novos ajustes, novas correções, conselhos e assim por diante.


Estou há quase três anos trabalhando com o Júlio [César, goleiro do Red Bull Bragantino], mais o Alex e o Cleiton, que é um goleiro mais jovem; mas principalmente o Alex e o Júlio, que são atletas na faixa dos 33 a 35 anos, que foram formados mais ou menos numa época parecida com a minha, estou com 42 anos, e sei o que mais ou menos foi ensinado para eles lá atrás porque foi o que aprendi também.


E sei que é diferente do futebol de hoje, porque mudou muita coisa.


Por que estou falando isso? Esses caras são super abertos a novos ajustes.


Eles tiveram sucesso jogando de uma forma, tanto o Alex como o Júlio, e hoje eles são extremamente abertos para novas técnicas e novos conhecimentos.


Eu sei que muitas vezes isso não é uma constância.


Mas, primeiramente, o goleiro tem de estar aberto para ouvir o que o treinador tem para falar".

 

Aperte o play abaixo para ouvir o episódio completo com o Rodrigo Bruns:



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