top of page
Foto do escritorMarcio Kroehn

Zetti: 'Comecei a pintar para preencher o vazio de me recuperar pro futebol, e quase parei de jogar'

Este trecho é parte do episódio 31 do podcast Os Goleiros com o Zetti, ex-goleiro do São Paulo e da Seleção Brasileira. Ele conta sobre o pior momento da carreira, quando sofreu uma fratura e se agarrou nas artes plásticas, algo que por pouco não se transformou na sua principal ocupação. E desse gosto pela pintura, claro, surgiram as sete camisas assinadas pelo Zetti com a Penalty.


Zetti, ex-goleiro do São Paulo e da Seleção Brasileira (Foto: Zetti1.com.br/Reprodução)
Zetti, ex-goleiro do São Paulo e da Seleção Brasileira (Foto: Zetti1.com.br/Reprodução)

“Eu tive aquela lesão no Maracanã, em 17 de novembro de 1988.


Foi uma fratura num jogo contra o Flamengo e fiquei [parado] em 88, 89 e voltei a jogar só em 1990.


Fiquei um período muito longo em fisioterapia e tratando.


Recuperava a musculatura da perna, doía o joelho. Aí perdi a musculatura do tornozelo...


Enfim, a fisioterapia não era como é hoje em dia. Eu engessei a perna toda, até em cima. Hoje nem se engessa mais. Se faz tala e a recuperação, os exercícios, acontecem mesmo com fratura. É outro protocolo.


Eu demorei muito tempo...


Nesse período, acabou o meu contrato no Palmeiras e eu já gostava das artes plásticas, de pintura.


Prestei vestibular na Faap, de artes plásticas na época, antes de ir pro São Paulo. Comecei a estudar a história da arte, ler livros, comecei a entender um pouco. E a preencher também o vazio de recuperar pro futebol, sem contrato, quase parei de jogar...



O pintor Zetti e algumas de suas obras (Foto: Zetti/Facebook/Reprodução)
O pintor Zetti e suas obras (Foto: Zetti/Facebook/Reprodução)

O Palmeiras não tinha intenção de renovar o contrato comigo, era a Lei do Passe naquele período, que era muito ruim para os jogadores porque você ficava preso ao clube.


Foi uma coisa que foi acontecendo...


Precisava fazer alguma coisa e meus pais me ajudavam aqui em São Paulo a sobreviver, porque eu pagava aluguel; não tinha renda suficiente para me manter aqui com a família.


Então, foi dando esse desgaste e de repente eu descobri na arte um lado… Foi muito bacana, mas me deu um medo: ‘o que estou fazendo com o negócio da arte?’


É verdade, tomou uma proporção muito grande em 1990.


Eu não estava treinando, mas eu era muito conhecido…


Todo dia tinha gente na minha casa, da imprensa, da mídia e das principais revistas, tanto do esporte e como Veja, Manchete, que no final tinha um espaço sobre artes. E eles faziam matéria comigo.


Eu participei de uma exposição em Embu com os meus quadros, que foram muito bem aceitos.


A crítica foi positiva, de pessoas consagradas, e pensei: ‘o que estou fazendo aqui?’


As pessoas me elogiando e começou um monte de gente querendo quadro: ‘quero um quadro seu, uma pintura; pinta isso pra mim…’ ‘Opa, para’.

Mas a ideia da camiseta começou no Palmeiras.


Eu tenho duas camisetas que eu desenhei. Tenho uma delas aqui em casa, num quadro.


Depois, no São Paulo, deu o boom.


Eu tenho sete camisas que agora, junto com a Penalty, estamos lançando, fazendo a réplica e colocando a história delas de volta.


É uma coisa bacana.


Sempre gostei desse lado!”


Aperte o play abaixo para ouvir o episódio completo com o Zetti:



Zetti em treinamento específico no CT do São Paulo (Foto: Zetti1.com.br/Reprodução)
Zetti em treinamento específico no CT do São Paulo (Foto: Zetti1.com.br/Reprodução)

323 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


bottom of page